Monday, June 28, 2010
Monday, June 21, 2010
Tuesday, June 15, 2010
LOST- The End
TODA A INFORMAÇÃO ACERCA DOS MISTÉRIOS QUE ENVOLVEM A EXCELENTE E ÚNICA SÉRIE DE TELEVISÃO - LOST - NA REVISTA ONLINE WIRED.
A NÃO PERDER.
TODA A HISTÓRIA DA SÉRIE LOST EM 8 MINUTOS:
Actualidade económica: Perspectivas Visionárias
Medina Carreira: Uma lúcida visão sobre a realidade portuguesa
Texto retirado de QUINTOS
O Professor Medina Carreira tem brindado a adormecida sociedade portuguesa com algumas declarações que têm tanto de bombásticas, como de certeiras… Recentemente, num programa televisivo tornou a agitar as consciências com frases que cedo abriram caminho pela Internet portuguesa e que agora aqui publicamos, com os nossos comentários:
“José Sócrates, é um homem de circo, de espectáculo. Portugal está a ser gerido por medíocres, Guterres, Barroso, Santana Lopes e este, José Sócrates, não perceberam o essencial do problema do país.”
- todos os políticos modernos o são. De Blair a Sarkozy, passando por Bush e Putin, a política tornou-se num autêntico circo mediático em que os seus agentes se assemelham todos entre si divergindo apenas no estilo ou na competência cénica com que desempenham os seus papéis e a as coreografias para eles arquitectadas pelas agências de marketing político, atividade em próspera expansão mas de graves efeitos para a qualidade da nossa democracia.
“O desemprego não é um problema, é uma consequência de alguma coisa que não está bem na economia. Já estou enjoado de medidinhas. Já nem sei o que é que isso custa, nem sequer sei se estão a ser aplicadas.”
- ora bem. Este é de facto o problema número um, dois e três. É o Nó Górdio que se for desatado, resolverá todos os demais, desde a crise orçamental (pela via da maior captação de impostos), à crise demográfica, à crise da segurança social. O modelo português não é único no mundo, e a flexibilização do mercado laboral não é resposta absoluta, mas a sua inflexibilidade relativa também não se tem revelado como parte da solução. Talvez a solução esteja algures a meio termo, numa flexisegurança à dinamarquesa (não como o modelo castrado proposto para Portugal, que flexibilize o Emprego e aumenta a dimensão e extensão da social de cobertura ao desemprego.
“A população não vai aguentar daqui a dez anos um Estado social como aquele em que nós estamos a viver. Este que está lá agora, o José Sócrates, é um homem de espectáculo, é um homem de circo. Desde a primeira hora.”
- Portugal, desde o 25 de abril, conseguiu erguer um “Estado Social” que no Antigo Regime não existia. Esta é aliás – com o Municipalismo – a grande conquista da Democracia e a sua importância não deve ser diminuída. O julgamento de Medina Carreira talvez seja neste ponto, demasiado excessivo, mas assente na realidade de que o país não conseguirá suportar durante muito mais tempo a carga imposta pelas benesses sociais, desde o Rendimento Mínimo, passando pelas pensões de reforma chorudas de muitos ou até os salários na função pública com salários muito superiores aos auferidos em empresas privadas. Há um certo desfasamento, entre estas realidades e as possibilidades de um Estado que tem sido apenas mascarada por uma carga fiscal superior à média europeia e à custa do estrangulamento do consumo dos particulares e do são desenvolvimento das empresas. A solução para este “Estado Máximo” não passa contudo pela minarquia dos neoliberais, mas pela sua repartição em entidades menores, de proximidade e que pela sua menor escala permitem realizar poupanças e aumentos de eficiência: os municípios. Descentralizar, sem Reduzir, essa é a solução para reduzir o peso asfixiante do Estado na Economia e Sociedade portuguesas.
“Ainda há dias eu estava num supermercado, numa bicha para pagar, e estava uma rapariga de umbigo de fora com umas garrafas, e em vez de multiplicar «6×3=18», contava com os dedos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7… Isto não é ensino… é falta de ensino, é uma treta! É o futuro que está em causa!”
- sem dúvida que a Educação publica e privada portuguesa tem optado por embarcar num clima de facilitismo que inebriado por estatísticas artificiais e transitórias não hesita em tudo sacrificar em nome de reduções artificiais do insucesso escolar. Em vez do rumo da exigência e do esforço, escolheu-se a via do facilitismo e da “passagem administrativa”. Este rumo – a prazo autodestrutivo – segue em absoluto contraste com o que se passa na maioria das economias emergentes, a começar pela Índia e pela China, onde os jovens têm uma perfeita percepção de que o seu sucesso profissional está intimamente ligado ao seu esforço e dedicação enquanto estudantes.
“Os números são fatais. Dos números ninguém se livra, mesmo que não goste. Uma economia que em cada 3 anos dos últimos 27, cresceu 1%… esta economia não resiste num país europeu.”
- mas e que crescimento (ou estagnação) é esta? Muitos questionam hoje a validade dos critérios que definem o crescimento bruto e contínuo do PIB. Este crescimento é hoje sustentado em autênticas depredações sistemáticas aos direitos humanos e laborais na Índia e na China e responde por padrões ambientais e climáticos que a prazo não são sustentáveis. O problema de Portugal não é tanto o de não crescer, é mais o de não se bater suficientemente para alterar os critérios que definem o crescimento do PIB, devendo no entretanto ignorá-los e destacar aqueles onde melhor nos posicionamos (por exemplo na medida da “felicidade”, da baixa mortalidade infantil, dos relativamente elevados padrões de vida, etc). Medina Carreira é um economista da Escola Clássica e como os seus pares ainda continua a seguir demasiado religiosamente as suas bitolas… Como aquela que crê que a Terra pode suportar um crescimento contínuo ou que crescer é compatível com a degradação catastrófica do clima ou com problemas sociais explosivos a curto prazo criados pela desigualdade ou por níveis elevados de desemprego.
“Se nós já estamos ultra-endividados, faz algum sentido ir gastar este dinheiro todo em coisas que não são estritamente indispensáveis? P’rá gente ir para o Porto ou para Badajoz mais depressa 20 minutos? Acha que sim? A aviação está a sofrer uma reconversão, vamos agora fazer um aeroporto, se calhar não era melhor aproveitar a Portela?”
- o TGV é notoriamente um erro colossal e, pior, um erro conscientemente cometido a custo do sacrifício das gerações presentes e futuras em nome da satisfação de “dividas eleitorais” para com as grandes construtoras onde pontifica a Mota Engil do inefável Jorge Coelho. O TGV poderia ser facilmente substituído por uma renovação da linha ferroviária que permitisse que o Alfa Pendular alcançasse a sua real capacidade e o mega aeroporto de “Lisboa” por uma renovação da Portela e pela transformação de Alverca num aeroporto de Low Cost. Tal solução, com o atual abrandamento do tráfego aéreo, poderia oferecer uma solução “Portela mais um” que defendemos desde o princípio e corresponder a uma poupança muito notável. Contudo, infelizmente, esta solução não agrada aos lobbies da Construção Civil que tanta influencia têm nos governos do bi-partido PS-PSD em Portugal…
“Eu por mim estou convencido que não se faz nada para pôr a Justiça a funcionar porque a classe política tem medo de ser apanhada na rede da Justiça. É uma desconfiança que eu tenho. E então, quanto mais complicado aquilo for…”
- ora aí está uma boa e terrivelmente plausível razão que explica porque esse grande cancro da nossa sociedade que é a ineficácia da Justiça continua por resolver… É claro que ao longo das últimas décadas se têm multiplicado as “reformas” e as alterações de Códigos, mas findo todo este tempo a Justiça continua a ser o maior obstáculo isolado para o desenvolvimento da nossa economia (pela ineficácia na cobrança de dívidas, p.ex.) e para a Justiça social em Portugal. Sem Justiça não há democracia e com a Justiça coxa que temos temos uma sociedade que assiste à desfaçatez e aos abusos impunes dos mais poderosos que usam as curvas da lei ou poderosos escritórios de advogados para se furtarem à Lei.
“A educação em Portugal é um crime de «lesa-juventude»: Com a fantasia do ensino dito «inclusivo», têm lá uma data de gente que não quer estudar, que não faz nada, não fará nada, nem deixa ninguém estudar. Para que é que serve estar lá gente que não quer estudar? Claro que o pessoal que não quer estudar está lá a atrapalhar a vida aqueles que querem estudar. Mas é inclusiva…”
- governos sucessivos, nos últimos anos, estiveram mais preocupados com a aritmética estéril das estatísticas do que com a qualidade do ensino. Sem pudor pela mentira, manipularam-se “rankings”, estabeleceram-se “currículos alternativos” e espalharam-se pelo sistema educativo mecanismo facilitistas. Tudo isto tem que acabar. Onde há facilitismo, deve haver exigência. Onde há facilidade, deve haver dificuldade. Só assim se reformará estas fábricas de mediocracia em que se tornaram hoje as universidades, com níveis assustadores de impreparação ao nível dos mais básicos conhecimentos de matemática e português. Os currículos do Secundário – nível essencial à formação de competentes gerações de universitários – devem ser simplificados, descartando toda a ganga que hoje ocupa a maior parte do espaço letivo e substituído pelo ensino das matérias fundamentais para desenvolver a compreensão das matérias: Português e Matemática, disciplinas que juntas devem ocupar mais de metade dos currículos, deixando o restante para disciplinas compatíveis com a área vocacional cientificamente determinada nas escolas, por peritos nesse domínio. Assim se poderá reformar o Ensino, devolvendo enfim a Portugal as virtualidades de desenvolvimento das capacidades dos portugueses, adormecidas longamente por alternâncias “democráticas” de uma partidocracia que tudo sacrifica à sua própria rotação no poder, e excluindo sempre qualquer forma de meritocracia, pela via da reforma do sistema educativa. Sem a devida Educação popular, as elites mantêm-se imperialmente em todos os segmentos do poder, razão primeira pela qual nunca se esforçaram verdadeiramente por a reformar.
“Nós estamos com um endividamento diário nos últimos 3 anos correspondente a 48 milhões de euros por dia: Por hora são 2 milhões!”
- em 1890, a dívida de Portugal era 15 vezes superior a todas as receitas anuais do Estado e duas vezes o PIB. A situação hoje é consideravelmente melhor, e além do mais, a integração no euro e na UE, servem como redes de segurança adicionais que então não existiam. Mas esta dívida – que não pára de crescer – será rapidamente, talvez em menos de dez anos, um problema tão grande como em 1890, se nada de muito radical não alterar entre nós. Na época, Oliveira Martins, ministro das Finanças, teve a fibra para declarar a bancarrota parcial, suspender os pagamentos da dívida externa, renegociá-la e estabelecer novos impostos e cancelar subsídios estatais às grandes empresas. Faltam hoje líderes com a coragem de reduzir a um terço o pagamento das dívidas externas ou a sua conversão em títulos de dívida interna, como exigiu Oliveira Martins, para grande ira dos financeiros internacionais da época. Então, em 1891, de um défice de 15190 contos, passou-se para um de apenas 2186, logo em 1896. Na época, nas palavras de Pedro Lains “optou-se por cortar no pagamento de juros, interrompendo-se o fluxo de importações de capitais mas sem apertar a agricultura e a indústria. E o proteccionismo teve um efeito positivo na economia.” E hoje? Onde estão estes líderes frontais e corajosos?
Texto retirado de QUINTOS
O Professor Medina Carreira tem brindado a adormecida sociedade portuguesa com algumas declarações que têm tanto de bombásticas, como de certeiras… Recentemente, num programa televisivo tornou a agitar as consciências com frases que cedo abriram caminho pela Internet portuguesa e que agora aqui publicamos, com os nossos comentários:
“José Sócrates, é um homem de circo, de espectáculo. Portugal está a ser gerido por medíocres, Guterres, Barroso, Santana Lopes e este, José Sócrates, não perceberam o essencial do problema do país.”
- todos os políticos modernos o são. De Blair a Sarkozy, passando por Bush e Putin, a política tornou-se num autêntico circo mediático em que os seus agentes se assemelham todos entre si divergindo apenas no estilo ou na competência cénica com que desempenham os seus papéis e a as coreografias para eles arquitectadas pelas agências de marketing político, atividade em próspera expansão mas de graves efeitos para a qualidade da nossa democracia.
“O desemprego não é um problema, é uma consequência de alguma coisa que não está bem na economia. Já estou enjoado de medidinhas. Já nem sei o que é que isso custa, nem sequer sei se estão a ser aplicadas.”
- ora bem. Este é de facto o problema número um, dois e três. É o Nó Górdio que se for desatado, resolverá todos os demais, desde a crise orçamental (pela via da maior captação de impostos), à crise demográfica, à crise da segurança social. O modelo português não é único no mundo, e a flexibilização do mercado laboral não é resposta absoluta, mas a sua inflexibilidade relativa também não se tem revelado como parte da solução. Talvez a solução esteja algures a meio termo, numa flexisegurança à dinamarquesa (não como o modelo castrado proposto para Portugal, que flexibilize o Emprego e aumenta a dimensão e extensão da social de cobertura ao desemprego.
“A população não vai aguentar daqui a dez anos um Estado social como aquele em que nós estamos a viver. Este que está lá agora, o José Sócrates, é um homem de espectáculo, é um homem de circo. Desde a primeira hora.”
- Portugal, desde o 25 de abril, conseguiu erguer um “Estado Social” que no Antigo Regime não existia. Esta é aliás – com o Municipalismo – a grande conquista da Democracia e a sua importância não deve ser diminuída. O julgamento de Medina Carreira talvez seja neste ponto, demasiado excessivo, mas assente na realidade de que o país não conseguirá suportar durante muito mais tempo a carga imposta pelas benesses sociais, desde o Rendimento Mínimo, passando pelas pensões de reforma chorudas de muitos ou até os salários na função pública com salários muito superiores aos auferidos em empresas privadas. Há um certo desfasamento, entre estas realidades e as possibilidades de um Estado que tem sido apenas mascarada por uma carga fiscal superior à média europeia e à custa do estrangulamento do consumo dos particulares e do são desenvolvimento das empresas. A solução para este “Estado Máximo” não passa contudo pela minarquia dos neoliberais, mas pela sua repartição em entidades menores, de proximidade e que pela sua menor escala permitem realizar poupanças e aumentos de eficiência: os municípios. Descentralizar, sem Reduzir, essa é a solução para reduzir o peso asfixiante do Estado na Economia e Sociedade portuguesas.
“Ainda há dias eu estava num supermercado, numa bicha para pagar, e estava uma rapariga de umbigo de fora com umas garrafas, e em vez de multiplicar «6×3=18», contava com os dedos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7… Isto não é ensino… é falta de ensino, é uma treta! É o futuro que está em causa!”
- sem dúvida que a Educação publica e privada portuguesa tem optado por embarcar num clima de facilitismo que inebriado por estatísticas artificiais e transitórias não hesita em tudo sacrificar em nome de reduções artificiais do insucesso escolar. Em vez do rumo da exigência e do esforço, escolheu-se a via do facilitismo e da “passagem administrativa”. Este rumo – a prazo autodestrutivo – segue em absoluto contraste com o que se passa na maioria das economias emergentes, a começar pela Índia e pela China, onde os jovens têm uma perfeita percepção de que o seu sucesso profissional está intimamente ligado ao seu esforço e dedicação enquanto estudantes.
“Os números são fatais. Dos números ninguém se livra, mesmo que não goste. Uma economia que em cada 3 anos dos últimos 27, cresceu 1%… esta economia não resiste num país europeu.”
- mas e que crescimento (ou estagnação) é esta? Muitos questionam hoje a validade dos critérios que definem o crescimento bruto e contínuo do PIB. Este crescimento é hoje sustentado em autênticas depredações sistemáticas aos direitos humanos e laborais na Índia e na China e responde por padrões ambientais e climáticos que a prazo não são sustentáveis. O problema de Portugal não é tanto o de não crescer, é mais o de não se bater suficientemente para alterar os critérios que definem o crescimento do PIB, devendo no entretanto ignorá-los e destacar aqueles onde melhor nos posicionamos (por exemplo na medida da “felicidade”, da baixa mortalidade infantil, dos relativamente elevados padrões de vida, etc). Medina Carreira é um economista da Escola Clássica e como os seus pares ainda continua a seguir demasiado religiosamente as suas bitolas… Como aquela que crê que a Terra pode suportar um crescimento contínuo ou que crescer é compatível com a degradação catastrófica do clima ou com problemas sociais explosivos a curto prazo criados pela desigualdade ou por níveis elevados de desemprego.
“Se nós já estamos ultra-endividados, faz algum sentido ir gastar este dinheiro todo em coisas que não são estritamente indispensáveis? P’rá gente ir para o Porto ou para Badajoz mais depressa 20 minutos? Acha que sim? A aviação está a sofrer uma reconversão, vamos agora fazer um aeroporto, se calhar não era melhor aproveitar a Portela?”
- o TGV é notoriamente um erro colossal e, pior, um erro conscientemente cometido a custo do sacrifício das gerações presentes e futuras em nome da satisfação de “dividas eleitorais” para com as grandes construtoras onde pontifica a Mota Engil do inefável Jorge Coelho. O TGV poderia ser facilmente substituído por uma renovação da linha ferroviária que permitisse que o Alfa Pendular alcançasse a sua real capacidade e o mega aeroporto de “Lisboa” por uma renovação da Portela e pela transformação de Alverca num aeroporto de Low Cost. Tal solução, com o atual abrandamento do tráfego aéreo, poderia oferecer uma solução “Portela mais um” que defendemos desde o princípio e corresponder a uma poupança muito notável. Contudo, infelizmente, esta solução não agrada aos lobbies da Construção Civil que tanta influencia têm nos governos do bi-partido PS-PSD em Portugal…
“Eu por mim estou convencido que não se faz nada para pôr a Justiça a funcionar porque a classe política tem medo de ser apanhada na rede da Justiça. É uma desconfiança que eu tenho. E então, quanto mais complicado aquilo for…”
- ora aí está uma boa e terrivelmente plausível razão que explica porque esse grande cancro da nossa sociedade que é a ineficácia da Justiça continua por resolver… É claro que ao longo das últimas décadas se têm multiplicado as “reformas” e as alterações de Códigos, mas findo todo este tempo a Justiça continua a ser o maior obstáculo isolado para o desenvolvimento da nossa economia (pela ineficácia na cobrança de dívidas, p.ex.) e para a Justiça social em Portugal. Sem Justiça não há democracia e com a Justiça coxa que temos temos uma sociedade que assiste à desfaçatez e aos abusos impunes dos mais poderosos que usam as curvas da lei ou poderosos escritórios de advogados para se furtarem à Lei.
“A educação em Portugal é um crime de «lesa-juventude»: Com a fantasia do ensino dito «inclusivo», têm lá uma data de gente que não quer estudar, que não faz nada, não fará nada, nem deixa ninguém estudar. Para que é que serve estar lá gente que não quer estudar? Claro que o pessoal que não quer estudar está lá a atrapalhar a vida aqueles que querem estudar. Mas é inclusiva…”
- governos sucessivos, nos últimos anos, estiveram mais preocupados com a aritmética estéril das estatísticas do que com a qualidade do ensino. Sem pudor pela mentira, manipularam-se “rankings”, estabeleceram-se “currículos alternativos” e espalharam-se pelo sistema educativo mecanismo facilitistas. Tudo isto tem que acabar. Onde há facilitismo, deve haver exigência. Onde há facilidade, deve haver dificuldade. Só assim se reformará estas fábricas de mediocracia em que se tornaram hoje as universidades, com níveis assustadores de impreparação ao nível dos mais básicos conhecimentos de matemática e português. Os currículos do Secundário – nível essencial à formação de competentes gerações de universitários – devem ser simplificados, descartando toda a ganga que hoje ocupa a maior parte do espaço letivo e substituído pelo ensino das matérias fundamentais para desenvolver a compreensão das matérias: Português e Matemática, disciplinas que juntas devem ocupar mais de metade dos currículos, deixando o restante para disciplinas compatíveis com a área vocacional cientificamente determinada nas escolas, por peritos nesse domínio. Assim se poderá reformar o Ensino, devolvendo enfim a Portugal as virtualidades de desenvolvimento das capacidades dos portugueses, adormecidas longamente por alternâncias “democráticas” de uma partidocracia que tudo sacrifica à sua própria rotação no poder, e excluindo sempre qualquer forma de meritocracia, pela via da reforma do sistema educativa. Sem a devida Educação popular, as elites mantêm-se imperialmente em todos os segmentos do poder, razão primeira pela qual nunca se esforçaram verdadeiramente por a reformar.
“Nós estamos com um endividamento diário nos últimos 3 anos correspondente a 48 milhões de euros por dia: Por hora são 2 milhões!”
- em 1890, a dívida de Portugal era 15 vezes superior a todas as receitas anuais do Estado e duas vezes o PIB. A situação hoje é consideravelmente melhor, e além do mais, a integração no euro e na UE, servem como redes de segurança adicionais que então não existiam. Mas esta dívida – que não pára de crescer – será rapidamente, talvez em menos de dez anos, um problema tão grande como em 1890, se nada de muito radical não alterar entre nós. Na época, Oliveira Martins, ministro das Finanças, teve a fibra para declarar a bancarrota parcial, suspender os pagamentos da dívida externa, renegociá-la e estabelecer novos impostos e cancelar subsídios estatais às grandes empresas. Faltam hoje líderes com a coragem de reduzir a um terço o pagamento das dívidas externas ou a sua conversão em títulos de dívida interna, como exigiu Oliveira Martins, para grande ira dos financeiros internacionais da época. Então, em 1891, de um défice de 15190 contos, passou-se para um de apenas 2186, logo em 1896. Na época, nas palavras de Pedro Lains “optou-se por cortar no pagamento de juros, interrompendo-se o fluxo de importações de capitais mas sem apertar a agricultura e a indústria. E o proteccionismo teve um efeito positivo na economia.” E hoje? Onde estão estes líderes frontais e corajosos?
Saturday, June 12, 2010
foto:bangbang
Finding the occasional straw of truth awash in a great ocean of confusion and bamboozle requires intelligence, vigilance, dedication and courage. But if we don't practice these tough habits of thought, we cannot hope to solve the truly serious problems that face us -- and we risk becoming a nation of suckers, up for grabs by the next charlatan who comes along. [Carl Sagan, The Fine Art of Baloney Detection]
Tuesday, June 08, 2010
foto:bangbang
In many cultures it is customary to answer that God created the universe out of nothing. But this is mere temporizing. If we wish courageously to pursue the question, we must, of course ask next where God comes from? And if we decide this to be unanswerable, why not save a step and conclude that the universe has always existed? [Carl Sagan, Cosmos, page 257]
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